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China expressa apoio à Rússia após fim de rebelião

Publicado 25.06.2023, 13:47
© Reuters

PEQUIM (Reuters) - Um dia após o recuo de uma ofensiva liderada pelo grupo de mercenários fortemente armados conhecidos como Wagner, o Ministério das Relações Exteriores da China expressou, neste domingo, apoio à Rússia na manutenção de sua estabilidade nacional.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko, conversou neste domingo em Pequim sobre questões "internacionais", após o desafio mais sério ao poder do presidente Vladimir Putin desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022.

"O lado chinês expressou apoio aos esforços da liderança da Federação Russa para estabilizar a situação no país em conexão com os eventos de 24 de junho e confirmou seu interesse em fortalecer a coesão e maior prosperidade da Rússia", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse, inicialmente, que Rudenko havia trocado pontos de vista com o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, sobre as relações sino-russas, bem como "questões internacionais e regionais de interesse comum".

Posteriormente, disse que a China apoia a Rússia na manutenção de sua estabilidade nacional e, que a recente escalada nas tensões na Rússia, são "assuntos internos" do país.

Não ficou claro quando Rudenko chegou a Pequim e se sua visita à China, um importante aliado da Rússia, foi em resposta à rebelião liderada pelo líder mercenário Yevgeny Prigozhin.

A rebelião foi interrompida no sábado com um acordo que poupou Prigozhin e seus mercenários de enfrentarem acusações criminais, em troca da retirada dos paramilitares pelo líder e levá-los de volta a suas bases e ele ir para Belarus.

A China não fez comentários anteriores sobre a rebelião, que Putin disse ameaçar a própria existência da Rússia, ao mesmo tempo em que líderes ocidentais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disseram monitorar de perto a situação.

"A China apoiará a Rússia enquanto enfatiza a não interferência em seus assuntos internos", disse Song Zhongping, especialista militar chinês e comentarista de TV, à Reuters.

A rebelião foi acompanhada de perto pela mídia chinesa, que se absteve de fazer comentários antes de qualquer declaração oficial.

O Global Times, controlado pelo governo chinês, no entanto, declarou no sábado que promover a “rebelião" de Prigozhin e criar uma "ilusão" de que a Rússia tem muitas contradições internas e que "o prédio está desabando" representava o mais recente ataque da mídia ocidental e outra tentativa de minar a unidade social russa.

(Reportagem de Ryan Woo, Redação Pequim e Alexander Marrow em Londres)

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