Por Tony Munroe e Humeyra Pamuk
PEQUIM/WASHINGTON (Reuters) - A China anunciou na manhã de quarta-feira uma retaliação às restrições impostas pelos Estados Unidos aos jornalistas chineses, com ações que incluem a suspensão de credenciais de imprensa de correspondentes americanos de jornais como The New York Times, Wall Street Journal e Washington Post.
A medida escala uma disputa entre China e Estados Unidos sobre jornalistas estrangeiros. O governo norte-americano cortou neste mês o número de cidadãos chineses com permissões para trabalhar em redações norte-americanas de veículos de imprensa estatais chineses.
Em nota publicada nas primeiras horas de quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que cidadãos norte-americanos que trabalham como jornalistas para três organizações e cujas credenciais de imprensa expiram no final do ano devem devolver as credenciais e não serão mais autorizados a trabalhar na China continental, em Hong Kong e em Macau.
Não ficou imediatamente claro quantos jornalistas seriam afetados pela medida.
A China também disse que "no espírito da reciprocidade", as filiais chinesas da Voice of America, New York Times, Wall Street Journal, Washington Post e da revista Time precisam "declarar de maneira escrita informações sobre suas equipes, finanças, operações e imóveis na China".
(Reportagem de Tony Munroe em Pequim e Humeyra Pamuk e David Brunnstrom em Washington, reportagem adicional de Helen Coster em Nova York)