Por Cate Cadell e Tony Munroe
PEQUIM (Reuters) - A China informou nesta quarta-feira que deseja cooperar com o novo governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao mesmo tempo em que anunciou sanções contra o ex-secretário de Estado Mike Pompeo e 27 outras autoridades do governo do ex-presidente Donald Trump.
A ação foi um sinal da raiva da China, especialmente com a acusação feita por Pompeo em seu último dia no cargo de que a China havia cometido genocídio contra os muçulmanos uigures chineses -- uma afirmação que o escolhido de Biden para suceder Pompeo, Anthony Blinken, disse compartilhar.
Em um repúdio firme ao governo do ex-presidente Trump, o Ministério das Relações Exteriores chinês anunciou as sanções em um comunicado que apareceu em seu site no momento em que Biden tomava posse como presidente.
Pompeo e os outras autoridades do governo Trump sob sanção "planejaram, promoveram e executaram uma série de movimentos malucos, interferiram gravemente nos assuntos internos da China, minaram os interesses da China, ofenderam o povo chinês e perturbaram seriamente as relações China-EUA", disse o documento.
Entre os funcionários e ex-funcionários do governo Trump alvo de sanções estão o ex-chefe comercial Peter Navarro, os ex-conselheiros de segurança nacional Robert O'Brien e John Bolton, o ex-secretário de Saúde Alex Azar, a ex-embaixadora da ONU Kelly Craft e o ex-assessor de Trump Steve Bannon.