PEQUIM (Reuters) - O ministro da Defesa da China, negou na sexta-feira acusações dos Estados Unidos de que forças militares chinesas teriam conduzido testes de mísseis no disputado Mar do Sul da China, dizendo em vez disso que havia feito simulações de rotina que envolviam o disparo de munições.
O Pentágono disse na terça-feira que o ataque de mísseis foi "perturbador" e contrário às promessas chinesas de que não iria militarizar a estratégica passagem marinha.
Uma autoridade dos Estados Unidos, ao falar em condição de anonimato, disse na sexta-feira que, de acordo com informações iniciais, a China parecia ter testado múltiplos mísseis balísticos anti-navais no final de semana passado. O oficial acrescentou que uma análise detalhada está sendo preparada.
Em um breve comunicado enviado à Reuters e respondendo às acusações dos Estados Unidos, o ministro de Defesa da China disse que "as relevantes informações não acordam com os fatos", disse.
"Recentemente, o Comando do Sul do Exército de Libertação do Povo promoveu simulações de disparos com munições verdadeiras em águas próximas à ilha de Hainan de acordo com exercícios anuais programados. Estes não foram mirados a qualquer país ou alvo específico", disse, sem elaborar.
Hu Xijin, editor do popular tablóide chinês Global Times, publicado pelo Diário Popular, oficial do partido Comunista, que governa o país, disse em uma publicação em inglês no Twitter que as acusações dos Estados Unidos eram enganosas.
"Uma fonte confiável me disse que a acusação do Pentágono de que houve 'um lançamento de míssil chinês a partir de estruturas construídas no Mar do Sul da China é informação enganosa e alguns detalhes se materializaram do ar, com a intenção de semear a discórdia entre países regionais", escreveu. Hu não ofereceu mais detalhes.
O Mar do Sul da China é um dos maiores pontos de atrito na relação entre Estados Unidos e China, que incluem uma guerra comercial, sanções dos EUA e a auto-governada Taiwan, que é reivindicada pela China como parte de seu território.
(Reportagem de Ben Blanchard em Pequim)