PEQUIM (Reuters) - O governo chinês disse nesta sexta-feira que não vai aceitar violações de suas águas territoriais em nome da liberdade de navegação, como os Estados Unidos definem a passagem de navios de guerra perto de ilhas artificiais estabelecidas pela China no Mar do Sul da China.
Um funcionário da Defesa dos EUA disse à Reuters que o governo norte-americano estava avaliando o envio de navios dentro das próximas duas semanas para águas no interior da zona de 12 milhas náuticas que a China reivindica como seu território, ao redor de ilhas que construiu no arquipélago das Spratly.
A China reivindica a maior parte do Mar do Sul da China, mas o governo norte-americano já sinalizou que não reconhece as reivindicações territoriais chinesas e que a Marinha dos EUA vai continuar a operar onde quer que a lei internacional permita.
"Nunca permitiremos que qualquer país viole as águas territoriais e o espaço aéreo da China nas ilhas Spratly, em nome da proteção da liberdade de navegação e sobrevoo," disse a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying, em um contato rotineiro com a imprensa.
"Instamos as partes relacionadas a não adotar nenhuma ação provocativa, e realmente assumir uma posição responsável para a paz e estabilidade regional", disse Hua, em resposta a uma pergunta sobre possíveis patrulhas norte-americanas.
Os Estados Unidos e seus aliados na Ásia, incluindo o Japão, pediram à China que suspenda a construção em suas ilhas artificiais. A questão é central nas relações cada vez mais tensas entre EUA e China.
(Reportagem de Adam Rose)