PEQUIM (Reuters) - A China quer aprofundar sua amizade com Taiwan, disse neste sábado o quarto maior líder do Partido Comunista, um dia depois de a imprensa estatal alertar que a China pode entrar em guerra por Taiwan se um projeto de lei norte-americano que aproxima os EUA da nação for aprovado.
A China está contrariada com a lei, dizendo a Taiwan na sexta-feira que a ilha só terá problemas se passar a confiar em estrangeiros, reverberando alertas da imprensa estatal sobre o risco de guerra.
O projeto, que precisa apenas da assinatura do presidente norte-americano, Donald Trump, para se tornar lei, diz que deve ser política dos EUA permitir que autoridades de todos os níveis viajem a Taiwan para se encontrar com colegas taiuaneses. Além disso, também admite a entrada de importantes autoridades da ilha nos EUA “sob condições respeitosas", para encontros com autoridades norte-americanas.
Yu Zhengsheng, quarta maior liderança do Partido Comunista, foi mais amigável na sessão de abertura de um órgão conselheiro ao Parlamento, sem fazer menção direta ao projeto de lei.
“Vamos aprofundar nossa solidariedade e amizade com nossos compatriotas de Hong Kong, Macau e Taiwan, assim como chineses no exterior”, disse Yu a 2.000 delegados do órgão, em Pequim.
O conselho vai “mobilizar todos os filhos e filhas da nação chinesa para trabalhar juntos pelos grandes interesses nacionais e a realização do sonho chinês”, acrescentou Yu, referindo-se à ideia do presidente, Xi Jinping, de restaurar uma rejuvenescida China ao seu patamar global. (Reportagem de Ben Blanchard)