PEQUIM (Reuters) - A China comunicou nesta quinta-feira que revogará o regime de isenção de visto para detentores de passaportes diplomáticos norte-americanos em visita a Hong Kong e Macau, depois que os Estados Unidos impuseram sanções financeiras e uma proibição de viagens a mais de uma dúzia de autoridades chinesas.
O governo chinês também adotará sanções recíprocas contra algumas autoridades dos EUA, membros do Congresso, funcionários de organizações não-governamentais e seus familiares por causa de seu comportamento "vil" a respeito de Hong Kong, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, em uma coletiva de imprensa.
A China exorta os EUA a não ir além neste "caminho perigoso e equivocado", acrescentou Hua. A China não quis citar o nome de nenhum dos punidos, nem dizer quando as sanções entrarão em vigor.
Na segunda-feira, os EUA impuseram sanções financeiras e uma proibição de viagens a 14 autoridades chinesas devido ao seu suposto papel na aprovação de uma lei de segurança nacional para Hong Kong e na desqualificação chinesa de parlamentares opositores eleitos de Hong Kong no mês passado.
A ação norte-americana foi vista amplamente como um esforço do presidente de saída, Donald Trump, para consolidar seu legado de endurecimento com a China e para induzir o presidente eleito, Joe Biden, a adotar uma posição similarmente dura com Pequim em um momento de sentimento anti-China bipartidário no Congresso. Biden toma posse no dia 20 de janeiro.
(Por Yew Lun Tian)