MIAMI (Reuters) - O candidato à presidência da Fifa Chung Mong-Joon disse neste sábado que uma investigação do comitê de ética da entidade máxima do futebol mundial envolvendo seu nome é a prova de que o presidente Joseph Blatter, de saída do cargo, estaria tentando interferir em sua campanha e deveria deixar o posto imediatamente.
O jornal alemão Die Welt publicou na sexta-feira que o sul-coreano Chung estaria sendo investigado por envolvimento em um plano de 2010 para instalar um fundo de desenvolvimento global relacionado à candidatura da Coreia do Sul para a Copa do Mundo de 2022.
Essa é apenas a mais recente de uma série de denúncias envolvendo os candidatos ao cargo de presidente do órgão, em uma corrida cada vez mais quente para a sucessão de Blatter em meio à pior crise institucional já vivida pela Fifa em sua história.
Ninguém na Fifa esteve disponível para comentar a alegação. A entidade máxima do futebol mundial entrou em crise assim que promotores dos Estados Unidos acusaram nove dirigentes de futebol e cinco executivos de empresas de marketing e transmissão esportiva em maio por lavagem de dinheiro, corrupção e extorsão.
O escritório de Chung comunicou neste sábado que a Coreia do Sul havia, sim, planejado um fundo de desenvolvimento ligado à candidatura do país, assim como todos os países candidatos a sediar a Copa do Mundo eram instados a fazer.
O comunicado do porta-voz de Chung, Lin Byung-taik, ainda afirmou que o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, havia assegurado a Chung em 2010 que o fundo de desenvolvimento não seria investigado, embora não tenha comentado a possibilidade de investigações mais recentes.
"Isso (reportagem) é mais uma clara prova de que o presidente Blatter está interferindo na próxima eleição presidencial da Fifa", acrescentou o comunicado, sem detalhar como seria o envolvimento de Blatter no assunto.
(Por Simon Evans) OLBRSPORT Reuters Brazil Online Report Sports News 20150822T195256+0000