LISBOA (Reuters) - Chuvas fortes atingiram partes da Península Ibérica nesta terça-feira, inundando ruas, arrastando carros e forçando as autoridades da capital de Portugal, Lisboa, a suspender os serviços de ônibus e fechar algumas das principais vias.
O gabinete do prefeito de Lisboa colocou a cidade em alerta “vermelho” por volta das 6h30, no horário local, e pediu às pessoas que fiquem em casa e evitem deslocamentos para a capital no estuário do rio Tejo.
Desde a meia-noite, os serviços de emergência registraram mais de 500 incidentes em todo o país, principalmente em Lisboa e na zona central de Portalegre, incluindo ruas, túneis e estações de trem inundadas. Algumas lojas e restaurantes ficaram quase submersos.
O plano de emergência do rio Tejo foi ativado, pois existe o risco de transbordamento.
O comandante da Proteção Civil, André Fernandes, disse em conferência de imprensa que "não será fácil" normalizar a situação, uma vez que a precipitação deveria intensificar-se a partir das 13h do horário local.
A vizinha Espanha também foi atingida, com a região centro-oeste da Extremadura colocada no segundo maior nível de emergência. A chuva forte provocou o desabamento de uma estrada e um grupo de dez pessoas precisou ser resgatado.
“Hoje é dia de ficar em casa, trabalhar a partir de casa, um pouco como fizemos durante a pandemia”, disse o chefe do IPMA de Portugal, Miguel Miranda, à televisão SIC.
(Reportagem de Pedro Nunes, Sergio Gonçalves e Catarina Demony em Lisboa; Reportagem adicional de Emma Gonzalez em Madri)