Por Jonathan Allen
NOVA YORK (Reuters) - O Departamento de Saúde da cidade de Nova York defendeu sua ordem de vacinação obrigatória contra sarampo em um tribunal estadual nesta quinta-feira depois que um grupo de pais anônimos da região do Brooklyn entrou com um processo argumentando que a ordem é inconstitucional.
O departamento emitiu a ordem na semana passada, dizendo que ela é uma medida incomum, mas necessária, para conter o pior surto do vírus altamente contagioso visto na cidade desde 1991. O surto já infectou 329 pessoas, a maioria crianças de comunidades judias ortodoxas do Brooklyn.
A ordem, que foi prorrogada nesta semana, exige que pessoas não vacinadas que moram em certos bairros afetados do Brooklyn recebam a vacinação tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) se não tiverem outra maneira de provar sua imunidade ao sarampo, ou paguem uma multa de mil dólares.
Cinco pessoas que disseram ser pais que moram nos bairros afetados apresentaram ações civis contra o departamento nesta semana na Suprema Corte do Brooklyn para proteger a privacidade de seus filhos, segundo seus advogados.
Eles disseram ao juiz Lawrence Knipel que a cidade excedeu sua autoridade, argumentando que 329 casos confirmados não configuram uma epidemia e que colocar pessoas com sarampo de quarentena seria uma abordagem preferível.
O número de casos de sarampo quase quadruplicou em todo o mundo no primeiro trimestre de 2019, chegando a 112.163, quando comparado com o mesmo período do ano passado, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta semana, e os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos relataram casos de sarampo em ao menos 20 Estados do país.