MOGADÍSCIO (Reuters) - Um carro bomba explodiu nesta sexta-feira em um hotel na cidade portuária de Kismayu, Somália, onde autoridades e parlamentares locais discutiam uma eleição regional que se aproxima. A explosão foi seguida por tiros, disse a polícia, acrescentando que o número de mortes pode subir.
Um grupo de jornalistas disse ter confirmado que dois repórteres estavam entre os mortos.
O grupo militante islâmico al Shabaab, que está tentando derrubar o governo central da Somália, reivindicou a autoria do ataque. O grupo disse que seus guerrilheiros haviam adentrado um hotel após o ataque por carro bomba.
Um policial disse que o tiroteio aconteceu uma hora e meia após a explosão. Moradores disseram que agressores ainda estavam no hotel.
"Acreditamos que os militantes ainda estejam no edifício. Ainda não confirmamos o número de mortos, mas havia muitas pessoas lá dentro e pode haver um alto número de mortos", disse o capitão de polícia Abdullahi Isak à Reuters por telefone.
O Major Mohamed Abdi, outro oficial de polícia, disse à Reuters mais cedo que autoridades e parlamentares locais estavam se reunindo no Hotel Asasey, onde o ataque aconteceu.
Abdiasis Abu Musab, porta-voz de operações militares do al Shabaab disse que o grupo militante estava por trás do ataque.
"Primeiro atacamos o hotel com uma bomba suicida no carro e depois os mujahideen (guerrilheiros) atacaram o hotel. Ainda estamos lutando dentro do hotel", disse. "Há muitos corpos dentro do hotel. Estamos no controle do hotel agora".
(Por Abdi Sheikh e Feisal Omar)