Por Kate Kelland
LONDRES (Reuters) - Cientistas nos Estados Unidos disseram ter avançado no desenvolvimento de um possível exame de diagnóstico para a síndrome de fadiga crônica, uma condição caracterizada pela exaustão e outros sintomas debilitantes.
Os pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Stanford disseram que um estudo piloto com 40 pessoas, metade das quais era saudável e metade tinha a síndrome, mostrou que um potencial exame de biomarcador foi bem-sucedido em detectar aquelas que tinham a doença.
Estima-se que a síndrome de fadiga crônica, também conhecida como encefalomielite miálgica, afete cerca de 2,5 milhões de pessoas somente nos EUA, e cerca de 17 milhões em todo mundo.
Os sintomas incluem cansaço extremo, dores nas articulações, dores de cabeça e problemas para dormir. Nenhuma causa ou diagnóstico foram estabelecidos, e a condição pode deixar pacientes presos à cama –ou à própria casa– por anos.
A pesquisa, publicada no Proceedings of the National Academy of Sciences nesta segunda-feira, analisou amostras de sangue de voluntários usando uma “análise nanoeletrônica” – um teste que mede as mudanças em pequenas porções de energia que servem como um indicador da saúde de células imunológicas e do plasma sanguíneo.
Os cientistas “estressaram” as amostras de sangue usando sal, e depois compararam as reações. Os resultados mostraram que todas as amostras de pacientes com a síndrome apresentaram um claro salto, enquanto as daqueles indivíduos saudáveis ficaram relativamente estáveis, disseram os pesquisadores.
“Não sabemos exatamente por que as células e o plasma agem dessa maneira, ou mesmo o que estão fazendo”, disse Ron Davis, professor de bioquímica e genética que co-liderou o estudo.
“(Mas) podemos claramente ver a diferença no modo que células saudáveis e com síndrome da fadiga crônica processam o estresse.”