Por Victoria Bryan
PARIS (Reuters) - Cientistas europeus estão planejando uma manobra arriscada para colocar a nave Rosetta perto do cometa o qual está orbitando, para que possa se comunicar com o robô que está na superfície e começar experimentos que podem descobrir alguns dos segredos do universo.
O robô, chamado Philae, surpreendeu cientistas no fim de semana ao acordar e mandar um sinal à Terra. A aterrissagem histórica no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, em novembro, foi prejudicada quando caiu em uma posição escura demais para abastecer seus painéis solares.
Com o cometa mais próximo ao sol, cientistas esperam que o Philae consiga gerar energia suficiente para retomar os experimentos pré-programados.
Mas, para receber os dados, a Rosetta terá que chegar próximo ao cometa - a uma órbita de cerca de 180 quilômetros em relação aos atuais 220-240 quilômetros.
"O cometa é um objeto muito, muito ativo no momento, é um pouco como se você imaginasse passar seu carro por uma tempestade", disse Elsa Montagnon, vice-diretora de voo da Rosetta na Agência Espacial Europeia, durante entrevista coletiva em Paris na quarta-feira.