Por Fathin Ungku
CINGAPURA (Reuters) - A Cingapura proibiu um festival de cinema de exibir nesta semana um documentário que mostra uma ativista palestina, cuja prisão no mês passado a tornou um símbolo de resistência à ocupação militar da Cisjordânia por parte de Israel.
Justificando a proibição, autoridades do país disseram que o filme "Radiance of Resistance" ("Brilho da Resistência", em tradução livre) é "enviesado" e que pode ser potencialmente divisor para a população multi-étnica de Cingapura.
O documentário, que mostra o conflito israelo-palestino através dos olhos de Ahed Tamimi, de 16 anos, e de outra jovem ativista, não tinha um "contrapeso", disse a Autoridade de Desenvolvimento de Mídia de Informações e Comunicações de Cingapura, em seu site.
"A narrativa enviesada do filme é inflamatória e tem o potencial de causar desarmonia entre as diferentes raças e religiões em Cingapura", disse a autoridade.
O documentário deveria ser exibido no Festival de Cinema Palestino de Cingapura na quinta-feira.
Tamimi foi acusada na segunda-feira de agressão grave e será julgada em uma corte militar de Israel. Um adulto considerado culpado de agredir um soldado pode ser preso por até 10 anos, mas como Tamimi é menor de idade tal resultado é improvável. OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20180103T160437+0000