Por Richard Balmforth
KIEV (Reuters) - Durante a noite de domingo irromperam combates entre forças ucranianas e rebeldes apoiados pela Rússia em partes separadas do leste da Ucrânia, o que causou a morte de pelo menos dois soldados ucranianos e vários civis, segundo fontes militares e separatistas de Kiev nesta segunda-feira.
Os confrontos, próximo de Mariupol, no sudeste, e Horlivka, uma cidade controlada pelos rebeldes, são parte do ressurgimento da violência que desgasta ainda mais o tênue cessar-fogo e aumenta a tensão em Kiev no período de preparação para as celebrações do Dia da Independência.
O governo ucraniano acusou os separatistas do uso de morteiros contra civis na periferia da cidade portuária de Mariupol. Em Moscou, o chanceler russo, Sergei Lavrov, culpou o governo em Kiev pela violência, sem dar detalhes, mas dizendo suspeitar que as autoridades da Ucrânia estejam preparando uma nova ofensiva contra os separatistas.
A escalada atraiu manifestações de preocupação dos governos ocidentais, que consideram o cessar-fogo e um acordo de paz provisório firmado em Minsk, Belarus, em fevereiro, como o melhor meio de acabar com a rebelião no leste da Ucrânia.
O porta-voz militar ucraniano, Andriy Lysenko, disse que os rebeldes usaram morteiros com um alcance de 15-16 km para bombardear Sartana, no extremo norte de Mariupol.
"O inimigo não estava bombardeando posições ucranianas, mas uma cidade civil", disse ele em entrevista coletiva.
Segundo Lysenko, dois soldados ucranianos foram mortos e sete ficaram feridos em ataques de separatistas nas últimas 24 horas.
A polícia regional disse que pelo menos um homem e uma moça foram mortos em Sartana.
(Reportagem adicional de Natalia Zinets em Kiev e Gabriela Baczynska em Moscou)