Por Luis Jaime Acosta
BOGOTA (Reuters) - O uso cada vez maior, custos de produção e vantagens logísticas podem um dia levar os produtores de drogas a se concentrar no fentanil em vez de cocaína, disse uma autoridade de alto escalão da polícia colombiana, mas, por enquanto, a cocaína continua sendo a principal droga exportada por aquele país.
A explosão do consumo da droga sintética fentanil nos Estados Unidos levou algumas pessoas -- incluindo o presidente da Colômbia, Gustavo Petro -- a prever declínios na produção de cocaína no país andino, o principal produtor do mundo.
A cocaína financia guerrilhas de esquerda e gangues criminosas, alimentando o conflito armado interno do país de quase seis décadas que deixou mais de 450.000 mortos.
“Estamos muito comprometidos com o trabalho que estamos fazendo com confiscos, tendo como alvo a produção, porque a indústria da droga ilegal certamente continua sendo uma receita criminosa atrativa”, disse o general Nicolas Zapata, vice-diretor da polícia nacional da Colômbia.
Petro recentemente disse que o consumo maior de fentanil nos EUA e sua expansão a outros locais, incluindo a Europa, poderia desencorajar a produção de cocaína e abrir uma janela de oportunidade para a paz, à medida em que os grupos armados ilegais do país abandonassem a indústria.