HAVANA (Reuters) - A Colômbia e os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) recomeçaram nesta quinta-feira as conversas sobre paz em Havana para encerrar mais de cinco décadas de guerra, depois que o anfitrião original, o Equador, retirou seu apoio para as negociações em abril enquanto as guerrilhas continuarem a promover ataques.
Ambos os lados, que começaram as conversas 15 meses atrás em Quito, disseram nesta quinta-feira que querem focar em alcançar um novo acordo de cessar-fogo. Seu primeiro acordo terminou em janeiro e foi seguido por um período de aumento da violência e uma pausa de seis semanas nas discussões.
Os conflitos colombianos entre o governo, grupos rebeldes, parlamentares e gangues criminosas mataram pelo menos 220.000 pessoas e deslocaram milhões.
"Nós estamos conscientes de que temos que dar passos decisivos e chegou o momento de acertar um cessar-fogo bilateral estável e mais robusto", disse o negociador-chefe do governo, Gustavo Bell.
A Colômbia está em guerra com o ELN, fundado por padres católicos radicais, desde 1964.
Cuba também foi a anfitriã das negociações de quatro anos entre o país andino e os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que chegaram em um acordo de paz em 2016.
(Por Nelson Acosta e Sarah Marsh)