Por Vivian Sequera
CARACAS (Reuters) - Negociadores do governo colombiano e do grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) começaram negociações de paz nesta segunda-feira, o primeiro grande passo nas iniciativas do presidente Gustavo Petro para encerrar quase 60 anos de guerra.
Petro, ex-membro da insurgência M-19 que tomou posse em agosto, prometeu trazer "a paz total" à Colômbia ao negociar com rebeldes e grupos criminosos envolvidos em tráfico de drogas e mineração ilegal.
"Não podemos nos enxergar como inimigos, o trabalho que temos é de reconciliação", disse o negociador do ELN Pablo Beltran. "Esperamos não fracassar nessas expectativas de mudança".
As negociações --que começaram na capital venezuelana, Caracas-- irão girar entre os países fiadores Venezuela, Cuba e Noruega, de acordo com o governo colombiano.
"Estamos comprometidos com as negociações com uma organização que também quer a paz", disse o negociador chefe do governo, Otty Patino. "Vamos chegar a um porto seguro... a paz real".
As delegações fizeram a primeira reunião na segunda-feira, afirmou o alto-comissário da paz da Colômbia, Danilo Rueda.
Tentativas anteriores de negociações com o ELN, que tem cerca de 2.400 combatentes e foi fundado em 1964 por padres católicos radicais, não anunciaram em parte por conta das divergências entre suas fileiras.
(Reportagem de Vivian Sequera em Caracas; reportagem adicional de Luis Jaime Acosta, em Bogotá, e Mayela Armas, em Caracas)