MILÃO (Reuters) - A Comissão Europeia decidiu não renovar os contratos de suprimentos de vacinas contra Covid-19 da AstraZeneca (LON:AZN) e da Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34) (J&J) no ano que vem, noticiou o diário italiano La Stampa nesta quarta-feira citando uma fonte do Ministério da Saúde da Itália.
"A Comissão Europeia, em consonância com líderes de muitos países (da União Europeia), decidiu que os contratos com as empresas que produzem vacinas (de vetor viral) que são válidos para o ano atual não serão renovados quando vencerem", disse o La Stampa.
O jornal acrescentou que Bruxelas prefere se concentrar em vacinas contra Covid-19 que usam a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), como as de Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) e Moderna (NASDAQ:MRNA).
Um porta-voz da Comissão Europeia disse que a entidade está avaliando todas as opções para estar preparada para os próximos estágios da pandemia em 2022 e além.
"Não podemos, porém, comentar questões contratuais", acrescentou.
Nesta quarta, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a UE está conversando com Pfizer e BionTech sobre um novo contrato de 1,8 bilhão de doses, confirmando uma reportagem da semana passada da Reuters.
"Precisamos nos concentrar em tecnologias que provam seu valor. As vacinas de mRNA são um exemplo claro", acrescentou ela.
O Ministério da Saúde da Itália não quis comentar.
A Comissão Europeia está buscando esclarecimentos da J&J a respeito do anúncio "completamente inesperado" da empresa sobre atrasos nas entregas de vacinas à UE, disse uma autoridade do bloco à Reuters na terça-feira.
(Por Maria Pia Quaglia; reportagem adicional de Emilio Parodi em Milão e Francesco Guarascio em Bruxelas)