Por Jan Wolfe e Makini Brice
WASHINGTON (Reuters) - Um comitê parlamentar liderado por democratas aprovou nesta quinta-feira a autorização para intimações judiciais para a obtenção de comunicações oficiais de importantes autoridades da Casa Branca enviadas por meio de e-mails privados e de serviços de mensagens, aprofundando a investigação sobre possíveis violações de leis de manutenção de registros do governo.
O Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados aprovou por 23 votos a 16 que seu presidente, Elijah Cummings, emita intimações a autoridades da Casa Branca, incluindo a filha do republicano Ivanka Trump e seu genro Jared Kushner.
"O comitê obteve evidências diretas de que várias autoridades de alto nível da Casa Branca estão violando o Ato de Registros Presidenciais ao utilizar contas pessoais de e-mail, serviços de mensagens de texto, e até mesmo aplicativos criptografados para tratar de assuntos oficiais, e não preservando os registros de acordo com a lei federal."
Cummings disse que as intimações eram necessárias porque a Casa Branca não havia entregado "sequer um pedaço de papel" neste ano em resposta a pedidos feitos na investigação conduzida por seu comitê.
Os republicanos na audiência do comitê disseram que a investigação era politicamente motivada e desnecessária.
A investigação do comitê é uma de várias que estão sendo conduzidas pelos democratas da Câmara sobre o presidente e seu governo.
Trump criticou sua adversária democrata, Hillary Clinton, nas eleições de 2016 por seu uso de um servidor privado de e-mails quando ela ocupava o cargo de secretária de Estado. Trump continua se referindo aos e-mails de Hillary em seus discursos e no Twitter.
(Reportagem de Jan Wolfe e Makini Brice)