DONETSK Ucrânia (Reuters) - Os combates ao redor do local da queda do avião malaio, derrubado na Ucrânia, impediram que especialistas internacionais visitassem o local neste domingo, embora a Malásia tenha dito que os separatistas haviam concordado em permitir o acesso de policiais e investigadores internacionais.
O governo ucraniano informou que suas tropas estavam avançando em direção ao local do acidente, para tentar livrá-lo dos rebeldes que têm impedido o trabalho de monitores internacionais e a quem Kiev acusa de adulterar provas que apontem quem derrubou o avião.
"Todas as nossas tropas estão tentando chegar lá para libertar esse território, para que possamos garantir que os especialistas internacionais possam fazer uma investigação completa do local e recolher todas as provas necessárias para deduzir o verdadeiro motivo dessa tragédia", disse Andriy Lysenko, um porta-voz do Conselho de Segurança da Ucrânia.
Monitores internacionais disseram que o próprio combate pode afetar o local do acidente, ressaltando a crescente complexidade de tentar descobrir quem derrubou o avião. Líderes do Ocidente acreditam que ele foi derrubado por engano por separatistas armados por Moscou. A Rússia sugeriu que a culpa seria das forças ucranianas.
Em Dontesk, Alexander Hug, vice-chefe da Organização para a Segurança e Cooperação da missão da Europa de monitoramento na Ucrânia, disse que os monitores não vão visitar o local neste domingo.
"A situação no local parece estar perigosa... portanto decidimos ir até lá amanhã de manhã", disse Hug. "Os combates na região provavelmente afetarão o local do acidente", disse Hug.
Os separatistas ainda estão controlando a região onde o voo MH 17 da Malaysia Airlines foi abatido no inicio do mês, mas os confrontos nas regiões ao leste de Donetsk e Luhansk têm sido intensos, pois o governo ucraniano está tentando expulsá-los. Havia confrontos intensos em pelo menos cinco locais diferentes neste domingo.
Mais cedo, o primeiro-ministro da Malásia, Najuub Razak, disse que um acordo fechado com o líder separatista Aleksander Borodai, ia "oferecer proteção para os investigadores internacionais de acidentes", para que eles possam recuperar corpos e determinar a causa do acidente.