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Médico congolês e ativista iraquiana ganham Nobel da Paz por combate à violência sexual

Publicado 05.10.2018, 08:34
© Reuters. Ilustrações dos vencedores do Nobel da Paz de 2018, Denis Mukwege e Nadia Murad, em Oslo, Noruega

Por Nerijus Adomaitis e Terje Solsvik

OSLO (Reuters) - Denis Mukwege, um médico que ajuda vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo, e Nadia Murad, ativista yazidi de direitos humanos e sobrevivente da escravidão sexual nas mãos do Estado Islâmico no Iraque, conquistaram o Prêmio Nobel da Paz de 2018 nesta sexta-feira.

O Comitê Norueguês do Nobel disse tê-los premiado por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra.

"Ambos os laureados fizeram uma contribuição crucial para concentrar a atenção em tais crimes de guerra e combatê-los", disse a entidade em comunicado ao anunciar os ganhadores.

Mukwege dirige o Hospital Panzi em Bukavu, cidade do leste congolês. Aberta em 1999, a clínica recebe milhares de mulheres todos os anos, muitas das quais precisam de cirurgias por causa da violência sexual sofrida.

Ele devotou a vida à defesa destas mulheres, disse a citação.

Nadia é uma defensora da minoria yazidi do Iraque e dos direitos de refugiados e mulheres em geral. Ela foi escravizada e estuprada por combatentes do Estado Islâmico em Mosul, no Iraque, em 2014.

Ela é uma testemunha que denuncia os abusos cometidos contra ela e outros, segundo comunicado.

"Cada um deles, à sua maneira, ajudou a dar maior visibilidade à violência sexual dos tempos de guerra para que os perpetradores possam ser responsabilizados por suas ações".

Nadia tinha 21 anos em 2014 quando militantes do Estado Islâmico atacaram o vilarejo do norte iraquiano onde ela cresceu. Os militantes mataram aqueles que se recusaram a se converter ao islã, incluindo seis de seus irmãos e sua mãe.

Ela, assim como muitas das mulheres jovens do vilarejo, foi sequestrada pelos combatentes e vendida diversas vezes como escrava sexual, o que se tornou uma prática comercial do Estado Islâmico.

Nadia acabou fugindo do cativeiro com a ajuda de uma família muçulmana sunita de Mosul, a capital de facto do grupo no Iraque, e se tornou uma porta-voz dos direitos de sua comunidade em todo o mundo.

© Reuters. Ilustrações dos vencedores do Nobel da Paz de 2018, Denis Mukwege e Nadia Murad, em Oslo, Noruega

Em 2017 Nadia publicou um livro de memórias sobre sua provação, "The Last Girl".

Nele ela narrou os detalhes arrepiantes de seus meses de cativeiro, sua fuga e seu engajamento como ativista.

"A certa altura havia estupros e mais nada. Isso se torna um dia normal para você", escreveu.

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