MIAMI (Reuters) - John Bolton, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, anunciou uma série de novas sanções contra Cuba e Venezuela nesta quarta-feira, em um momento em que o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, tenta intensificar a pressão sobre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e os países que o apoiam.
Bolton, em um discurso a uma associação de veteranos da invasão fracassada da Baía dos Porcos em 1961, disse que os EUA estão acrescentando cinco nomes ligados aos serviços militares e de inteligência de Cuba à sua lista negra de sanções, incluindo a empresa aérea de propriedade militar Aerogaviota.
O conselheiro disse que Washington planeja novos limites a remessas a Cuba e mudanças para acabar com o uso de transações que permitem que Havana drible sanções e tenha acesso a moedas fortes. Ele também anunciou novas sanções ao Banco Central da Venezuela para impedir seu acesso a dólares norte-americanos.
"Nesta administração, não lançamos coletes salva-vidas a ditadores. Nós os levamos embora", disse Bolton.
Seu anúncio sobre as novas sanções veio poucas horas depois de o governo Trump dizer que está anulando uma proibição antiga a ações civis de cidadãos norte-americanos contra empresas estrangeiras que usam propriedades confiscadas pelo governo comunista de Cuba desde a revolução de 1959 de Fidel Castro.
A grande mudança de diretriz, anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo pode desencadear centenas de milhares de reivindicações legais que somam bilhões de dólares. Ela foi concebida para aumentar a pressão sobre Havana no momento em que Washington exige que Cuba retire seu apoio a Maduro.
(Por Matt Spetalnick)