Por Michelle Nichols
(Reuters) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas está negociando um projeto de resolução para atacar militantes do Estado Islâmico por meio do enfraquecimento financeiro do grupo jihadista, com interrupção de do fluxo de combatentes estrangeiros e ameaças de sanções contra quem recrutar e ajudar militantes da organização islâmica.
Militantes do Estado Islâmico controlam um terço do território da Síria e conquistaram grandes áreas no norte do Iraque desde junho, declarando um califado.
O grupo executou prisioneiros não-sunitas, forçando o deslocamento de milhares de pessoas e desencadeando os primeiros ataques aéreos dos Estados Unidos na região desde 2011, quando Washington retirou suas tropas.
Numa tentativa de financiar suas operações, eles confiscaram centenas de milhões de dólares de bancos e capturaram cinco campos de petróleo.
A proposta de resolução elaborada pela Grã-Bretanha obtida pela Reuters deve condenar o comércio direto ou indireto com o Estado Islâmico e o braço sírio da al Qaeda, a Frente Nusra, e alerta ainda para sanções que podem ser impostas, instando que os estados forneçam nomes de indivíduos e entidades que, se acredita, apoiam os grupos.
O texto inicial do projeto de resolução, discutido pelos 15 membros do conselho pela primeira vez na sexta-feira, aponta os nomes de líderes do Estado Islâmico a serem punidos com o congelamento de bens e proibição de viagens internacionais.
A resolução pode ser votada ainda nesta semana, disse o embaixador da Grã-Bretanha, Mark Lyall Grant. A Grã-Bretanha inicialmente tinha intenção de adotar a resolução até o fim deste mês, mas acelerou seus planos após combatentes do Estado Islâmico aproximarem-se da capital da região curda no Iraque.