CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco autorizou uma investigação sobre possíveis irregularidades no renomado Coral da Capela Sistina, informou o Vaticano nesta quarta-feira.
O Vaticano emitiu um comunicado confirmando uma investigação horas após uma reportagem do jornal La Stampa sobre o coral, um dos mais antigos grupos de canto do mundo.
O La Stampa disse que magistrados do Vaticano investigam o administrador do coral, que é um leigo, e seu diretor, que é um padre, por suspeitas de desvio, fraude e lavagem de dinheiro.
O comunicado do Vaticano dizia somente que o papa havia autorizado a investigação há diversos meses e que ela ainda segue.
Esforços da Reuters para contatar os dois homens para comentários não tiveram sucesso. O site do La Stampa não teve comentários deles.
O coral, que é composto por homens adultos e meninos e possui um contrato de gravação com um grande selo, se apresentou em maio na estreia de gala de uma exibição no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, chamada “Heavenly Bodies: Fashion and the Catholic Imagination”.
A turnê de verão do coral pelos Estados Unidos foi cancelada em julho sem explicações oficiais.
Fundado em 1471, acredita-se que o coral seja o mais antigo do mundo, com raízes indo à Schola Cantorum instituída pelo papa Gregório, o Grande, em torno do ano 600.
(Reportagem de Philip Pullella)