Por Hyunsu Yim e Josh Smith
SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte disse que qualquer ação para abater um de seus mísseis de teste será considerada uma declaração de guerra e culpou um exercício militar conjunto entre Estados Unidos e Coreia do Sul por tensões crescentes, disse a mídia estatal KCNA nesta terça-feira.
Kim Yo Jong, irmã do líder Kim Jong Un, alertou em um comunicado que Pyongyang considerará como "declaração de guerra" se os EUA tomarem medidas militares contra os testes norte-coreanos de armas estratégicas.
Kim também deu a entender que a Coreia do Norte poderia disparar mais mísseis no Oceano Pacífico. Os EUA e seus aliados nunca derrubaram mísseis balísticos norte-coreanos, que são proibidos pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas a questão atraiu um novo interesse desde que a Coreia do Norte sugeriu que disparará mais mísseis sobre o Japão.
"O Oceano Pacífico não pertence ao domínio dos EUA ou do Japão", disse Kim.
Analistas têm afirmado que se a Coreia do Norte cumprir sua ameaça de transformar o Oceano Pacífico em um "campo de tiro", isso permitiria que o país isolado e com armas nucleares faça avanços técnicos, além de sinalizar sua determinação militar.
Em uma declaração separada, o chefe da seção de notícias estrangeiras do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte acusou os EUA de "agravar" a situação ao conduzir um exercício aéreo conjunto com um bombardeiro B-52 na segunda-feira e planejar exercícios de campo entre os EUA e a Coreia do Sul.
Em resposta, o Ministério da Unificação da Coreia do Sul, que cuida das relações com o Norte, disse que o "desenvolvimento nuclear e de mísseis imprudente" de Pyongyang é o culpado pela deterioração da situação.