SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte estabeleceu como condição, nesta sexta-feira, a remoção de sanções impostas pela Coreia do Sul após um ataque de 2010 a um navio sul-coreano para retomar o diálogo com o país vizinho.
Essa foi a primeira resposta oficial do governo norte-coreano à proposta de negociação do Sul, que incluiu uma oferta de conversações para retomar a reunião de famílias separadas pela guerra de 1950-1953.
Após uma delegação norte-coreana de alto nível ter feito uma visita surpresa em outubro do ano passado à cerimônia de encerramento dos Jogos Asiáticos, a Coreia do Sul disse que estava disposta a discutir as sanções como forma de fazer as conversações avançarem.
As medidas punitivas, impostas em maio de 2010 após um ataque com torpedo a um navio da Marinha sul-coreana em que 46 marinheiros morreram, cortaram a maior parte do relacionamento político e comercial com o Norte. O Norte nega ter sido responsável pelo ataque.
"Se o governo sul-coreano estiver sinceramente interessado em questões humanitárias, primeiro precisa remover a proibição que foi imposta para o propósito da confrontação", disse um porta-voz do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia à agência de notícias norte-coreana KCNA.
A Coreia do Norte, que também é alvo de duras sanções da ONU por ter realizados testes de mísseis e nucleares, ainda está tecnicamente em guerra com o Sul, uma vez que a Guerra da Coreia terminou apenas com uma trégua, e não com um tratado de paz.
(Reportagem de Ju-min Park)