Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O embaixador da Coreia do Norte na Organização das Nações Unidas (ONU) acusou os Estados Unidos e a Coreia do Sul, nesta terça-feira, de levarem a península coreana à beira da guerra nuclear, dizendo à Assembleia Geral da ONU que, como resultado, seu país não tem outra escolha senão acelerar ainda mais o desenvolvimento das suas capacidades de autodefesa.
“O ano de 2023 foi registrado como um ano extremamente perigoso”, disse o embaixador Kim Song no último dia da reunião anual de líderes mundiais na ONU. “A península coreana está numa situação crítica, com perigo iminente de eclosão de uma guerra nuclear.”
"Dadas as circunstâncias prevalecentes, a RPDC (Coreia do Norte) é urgentemente obrigada a acelerar ainda mais a construção das suas capacidades de autodefesa para se defender de forma inexpugnável", disse Kim à Assembleia Geral, de 193 membros.
A Coreia do Norte testou dezenas de mísseis balísticos nos últimos 18 meses. Os Estados Unidos há muito alertam que Pyongyang está pronta para realizar um sétimo teste nuclear.
Pyongyang afirma que exerce seu direito à autodefesa com os seus testes de mísseis balísticos para salvaguardar a sua soberania e interesses de segurança contra ameaças militares.
“A RPDC permanece firme e inalterada na sua determinação de defender firmemente a soberania nacional, os interesses de segurança e o bem-estar do povo contra as ameaças hostis do exterior”, disse Kim.
A Coreia do Norte -- formalmente conhecida como República Popular Democrática da Coreia (RPDC) -- tem estado sob sanções do Conselho de Segurança da ONU devido aos seus programas nucleares e de mísseis desde 2006. As medidas contra o país têm sido constantemente reforçadas ao longo dos anos.
(Reportagem de Michelle Nichols)