SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte afirmou nesta quinta-feira que sua paciência tem limite e que pode reverter medidas adotadas para estabelecer confiança com os Estados Unidos, criticando o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por lhe pedir para interromper seus programas de armas e repudiando um teste de míssil dos EUA.
Os cinco membros europeus do Conselho de Segurança da ONU se reuniram na terça-feira para exortar a Coreia do Norte a "adotar ações concretas" para abdicar de seus programas nuclear e de mísseis balísticos de maneira completa, verificável e irreversível.
O pedido veio dias depois de Pyongyang anunciar que testou um novo míssil balístico disparado de submarino, a maior provocação do regime desde que retomou o diálogo com os EUA em 2018.
Como parte de seus esforços para manter o diálogo, que incluiu três reuniões entre seu líder, Kim Jong Un, e o presidente norte-americano, Donald Trump, a Coreia do Norte parou de testar armas nucleares e mísseis balísticos intercontinentais.
Mas o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano pôs em dúvida essa restrição, segundo um comunicado noticiado pela agência de notícias estatal KCNA.
"Existe um limite para nossa paciência, e não existe lei que diga que algo de que tenhamos nos refreado até agora continuará indefinidamente", disse o porta-voz.
Ele ainda denunciou o que classificou como a injustiça de o Conselho de Segurança da ONU abordar a questão da legítima defesa de sua nação.
"O fato... está nos induzindo a reconsiderar os passos prévios cruciais que demos para estabelecer confiança com os EUA."
(Por Joyce Lee)