SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte exigiu nesta quinta-feira a entrega de "suspeitos de terrorismo" que teriam tramado o assassinato de seu líder, Kim Jong Un, com uma substância bioquímica, repetindo acusações que fez na semana passada segundo as quais espiões dos Estados Unidos e da Coreia do Sul estão por trás do plano.
Na semana passada, a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA acusou a CIA e o Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano de tramarem um complô para assassinar sua "liderança suprema" com uma arma bioquímica.
A tensão na península coreana está alta há semanas devido aos temores de que a Coreia do Norte possa realizar seu sexto teste nuclear ou lançar outro míssil balístico em desafio a resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
"A Procuradoria-Central irá pedir a entrega destes criminosos e processá-los de acordo com as leis relevantes", disse o vice-ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Han Song Ryol, a diplomatas estrangeiros e repórteres em Pyongyang, relatou a agência de notícias chinesa Xinhua.
A CIA e a Casa Branca não quiseram comentar a declaração do Ministério da Segurança Estatal norte-coreano na semana passada.
O serviço de inteligência sul-coreano disse que a acusação é "infundada".
Han "declarou a postura justificada do... governo de descobrir todos os maníacos terroristas e exterminá-los impiedosamente", disse a KCNA em uma reportagem sobre o comunicado.
Nem a KCNA nem a Xinhua detalharam quantos suspeitos a Coreia do Norte procura, ou quem são e onde estão, mas a Xinhua disse que o regime prometeu "caçar até o último dos suspeitos em todos os cantos da terra".
(Por Jack Kim)