Por Stephanie Nebehay
GENEBRA (Reuters) - A Coreia do Norte vai boicotar todas as sessões do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas que examinarem o seu retrospecto e não irá “nunca, jamais" ser limitada por algumas dessas resoluções, disse o ministro do Exterior do país nesta terça-feira.
O anúncio indica um isolamento ainda maior da Coreia do Norte cujas lideranças têm sido acusadas por investigadores das Nações Unidas de cometer crimes contra a humanidade e podem ser alvos de novas sanções da organização internacional por causa do seu programa nuclear.
O ministro do Exterior norte-coreano, Ri Su Yong, também acusou os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul de enviarem agentes para o seu país para recrutar criminosos que se tornam os “chamados desertores norte-coreanos”.
"Como uma saída e para ganhar uma remuneração, eles são levados a continuar a fabricar e vender testemunhos sem base, tentando fazê-los tão chocantes quanto possível”, disse Ri.
A Coreia do Sul rechaçou as acusações, dizendo que “questionar a credibilidade do testemunho dos desertores não é nada mais do que negar a verdade”. O Japão insistiu para que os norte-coreanos tomassem ações concretas para melhorar os direitos humanos.
"Nós não vamos mais participar de sessões internacionais destacando a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte para mero ataque político”, afirmou Ri.