Por Hyonhee Shin e Josh Smith
SEUL (Reuters) - A Coreia do Sul instituiu uma "zona de cuidados especiais" em torno de uma segunda cidade atingida duramente pelo coronavírus nesta quinta-feira, e os militares dos Estados Unidos confirmaram dois casos novos entre parentes de seus soldados no país, que combate o maior surto da doença fora da China.
A Austrália se tornou o país mais recente a impor restrições de viagem a sul-coreanos, e atualmente quase 100 nações estão limitando a entrada de viajantes do país asiático, que relatou 760 casos novos de coronavírus nesta quinta-feira -- uma cifra que eleva o total a 6.088.
O governo declarou uma "zona de cuidados especiais" em torno de Gyeongsan, cidade de cerca de 275 mil habitantes localizada 250 quilômetros a sudeste de Seul, prometendo recursos adicionais como máscaras.
Gyeongsan testemunhou um pico de casos nos últimos dias, muitos deles ligados a um grupo cristão dissidente no epicentro do surto sul-coreano. Zonas semelhantes foram instituídas no entorno da cidade vizinha de Daegu e do condado de Cheongdo.
Cerca de 75% de todos os casos da Coreia do Sul estão dentro ou no entorno de Daegu, a quarta maior cidade do país, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC).
"Todo dia é triste e duro como uma guerra. Mas nossos cidadãos de Daegu estão mostrando uma sabedoria e coragem surpreendentes", disse o prefeito de Daegu, Kwon Young-jin, aos repórteres nesta quinta-feira.
Cerca de 2.120 pacientes estão esperando por leitos hospitalares em Daegu, disseram autoridades municipais. Dezenas de enfermeiras militares recém-mobilizadas devem começar a trabalhar na cidade ainda nesta quinta-feira, informou o Ministério da Saúde.