Por Michael Georgy
CAIRO (Reuters) - Uma corte egípcia sentenciou o ex-presidente Hosni Mubarak e seus dois filhos a três anos de prisão sem liberdade condicional neste sábado, em um novo julgamento de um caso de corrupção.
Mubarak, que governou o Egito com pulso de ferro por 30 anos, e seus filhos Gamal e Alaa podem não ter que servir o tempo de cadeia pelas acusações de corrupção, uma vez que eles já ficaram presos por três anos em outros casos.
O ex-comandante da Força Aérea foi tirado da presidência durante as revoltas da Primavera Árabe que varreram a região em 2011 e aumentaram as esperanças por democracia.
Uma decisão anterior da corte de abandonar as acusações contra ele, por conspirar pela morte de manifestantes nas revoltas, centradas na Praça Tahrir, no Cairo, e a liberação de alguns de seus associados da cadeia trouxeram dúvidas sobre as transformações políticas do Egito.
Em maio do ano passado, Mubarak foi sentenciado a três anos de prisão por acusações de desviar fundos públicos destinados a renovar palácios presidenciais e usar o dinheiro para aumentar as propriedades da família. Seus dois filhos receberam sentença de quatro anos de cadeia no mesmo caso.
Em janeiro, a alta corte do Egito anulou as condenações, e o caso voltou para corte para novo julgamento.
"A decisão do tribunal é de três anos de prisão sem liberdade condicional para Mohamed Hosni Mubarak e Gamal Mohamed Hosni Mubarak e Alaa Mohamed Hosni Mubarak", anunciou o juíz Hassan Hassanein neste sábado.