Por Stephanie van den Berg
HAIA (Reuters) - A Costa Rica pediu nesta segunda-feira que a mais alta corte da Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleça suas fronteiras marítimas com a Nicarágua de uma vez por todas para encerrar as disputas fronteiriças repetidas com seu vizinho da América Central.
O país apelou ao Tribunal Internacional de Justiça de Haia, às vezes chamado de "corte mundial", para que este determine as suas fronteiras marítimas no Oceano Pacífico e no mar do Caribe e declare o estabelecimento de um posto militar da Nicarágua em uma praia da Ilha Calero ilegal.
A Nicarágua, que perdeu um caso semelhante para a Costa Rica em 2015, deve apresentar seus contra-argumentos à corte na quinta-feira.
Os países têm um punhado de reivindicações e contrarreivindicações no TIJ centradas principalmente na foz do rio San Juan e na Ilha Calero, uma área virtualmente desabitada reclamada pelas duas nações.
De acordo com a Costa Rica, o novo campo militar da Nicarágua se encontra em território designado como pertencente à Costa Rica, segundo uma decisão de dezembro de 2015 do TIJ.
A Nicarágua rejeita essa noção, embora seus argumentos ainda não sejam conhecidos.
O embaixador costarriquenho, Sergio Ugalde, disse ao tribunal nesta segunda-feira que a Nicarágua está tentando justificar a localização do campo com "reivindicações fantasiosas e exageradas" que retraçariam as fronteiras marítimas e terrestres da Costa Rica.