HAVANA (Reuters) - Cuba informou na sexta-feira que os Estados Unidos devolveram à ilha cerca de 117 imigrantes irregulares desde que Havana e Washington assinaram no início de janeiro um acordo de migração que pôs fim à política "pés secos, pés molhados", que garantia a moradia dos cubanos que chegavam ao país.
A eles se somam 408 pessoas do México, 117 das Bahamas e 39 das Ilhas Cayman, tanto por via terrestre como marítima, disse o governo cubano em comunicado.
"Nesta sexta-feira saiu do território norte-americano o primeiro voo especialmente destinado à devolução de imigrantes irregulares depois da assinatura do acordo migratório entre Cuba e EUA em 12 de janeiro passado", disse uma nota oficial lida na televisão estatal.
Poucos dias antes de deixar a Casa Branca, o governo do ex-presidente Barack Obama pôs fim a uma política que garantia a residência dos cubanos que chegavam aos Estados Unidos sem visto e status especial para os profissionais médicos da ilha.
A devolução de mais de 680 imigrantes irregulares cubanos se produz no primeiro mês do governo do presidente Donald Trump, que prometeu revisar a política de aproximação de Obama com Havana.
(Reportagem de Nelson Acosta)