WELLINGTON (Reuters) - Após dias de luto intenso pelo pior ataque a tiros da história da Nova Zelândia, as atenções se voltaram para como as leis de armas do país precisam mudar e como sinais de alerta podem ter passado despercebidos antes do ataque contra duas mesquitas que deixou 50 mortos na última sexta-feira.
A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, disse que seu gabinete tomou decisões sobre mudanças de leis de armas que ela anunciará na próxima segunda-feira, dizendo que agora é o momento de agir para restringir o acesso a armas de fogo.
Simon Bridges, líder do oposicionista Partido Nacional, disse que quer ter detalhes sobre as mudanças para avaliar se a medida pode ter apoio bipartidário no Parlamento.
"Nós sabemos que uma mudança é necessária. Estou disposto a avaliar qualquer coisa que possa aumentar nossa segurança --esse é o nosso posicionamento", disse Bridges à rede TVNZ,
Além dos 50 mortos, os ataques contra duas mesquitas da cidade deixaram dezenas de feridos.
Andrew Little, ministro que supervisiona as agências de inteligência da Nova Zelândia, disse que o monitoramento de atividades online foi intensificado após os ataques de Christchurch.
"Há pessoas que estiveram online fazendo declarações que foram interrogadas pela polícia; isso vai continuar. Há um nível de intervenção, há um monitoramento elevado", disse Little à TVNZ nesta segunda-feira.
Ardern disse que haverá um inquérito sobre o que as agências governamentais "sabiam, ou poderiam ou deveriam ter sabido" sobre o suposto atirador e se o ataque poderia ter sido evitado.
MCP AAP