Por David Morgan e Susan Cornwell
WASHINGTON (Reuters) - Republicanos do Congresso buscaram nesta quarta-feira reformular seu projeto de lei de corte de impostos para satisfazer parlamentares preocupados sobre quanto isto irá expandir o déficit federal, conforme a medida segue em direção a uma votação decisiva no Senado dos Estados Unidos nesta semana.
As bolsas de valores subiram com otimismo de que o pacote de corte de impostos pode ser aprovado, mas obstáculos permanecem, incluindo tentativas de enfrentar o 1,4 trilhão de dólares estimado que o projeto de lei irá acrescentar à dívida nacional norte-americana de 20 trilhões de dólares em 10 anos.
O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, disse que parlamentares irão dar mais um passo à frente nesta quarta-feira ao votar para começar ou não debates formais sobre o projeto de lei. Isto pode levar a uma votação na quinta-feira ou sexta-feira.
Democratas se opõem à legislação, mas somente uma maioria simples de senadores é necessária para iniciar debates sobre o projeto, que busca cortar impostos de corporações, outros negócios e uma ampla faixa de indivíduos e famílias.
Republicanos possuem uma maioria de 52 a 48 no Senado de 100 membros, dando ao partido votos suficientes para aprovar o projeto de lei caso consiga total apoio. Sem apoio democrata, os republicanos não podem perder mais do que dois de seus próprios votos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, viajava ao Missouri nesta quarta-feira para fazer um apelo a membros de seu próprio partido para que apoiem o esforço, que será sua primeira conquista legislativa significativa desde que assumiu, em janeiro.
Democratas dizem que o corte de impostos é uma doação para corporações e para os ricos às custas de trabalhadores norte-americanos.
O projeto de lei foi elaborado a portas fechadas por um pequeno grupo de importantes congressistas e membros do governo Trump, com republicanos de baixo escalão tendo pouca participação e sem envolvimento de democratas.