Por Warren Strobel
WASHINGTON (Reuters) - O Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos irá intimar o ex-assessor de segurança nacional Michael Flynn em sua investigação sobre suposto envolvimento russo na eleição presidencial, após ele se negar a se apresentar perante o painel, disse nesta quarta-feira o principal democrata do comitê.
“Nós iremos seguir com intimações e estas intimações serão projetadas para maximizar nossas chances de obter informações que precisamos”, disse o deputado Adam Schiff a jornalistas durante café da manhã patrocinado pela organização midiática Christian Science Monitor.
Os líderes do Comitê de Inteligência do Senado dos EUA disseram na terça-feira que irão intimar dois dos negócios de Flynn após ele se negar a entregar documentos em investigação separada sobre a Rússia.
O painel de inteligência quer que Flynn forneça informações sobre se houve interferência russa na eleição presidencial norte-americana de 2016 e se houve conspiração entre a campanha de Donald Trump e a Rússia. Moscou tem negado repetidamente as acusações e Trump nega qualquer conspiração.
Flynn, general da reserva, é uma testemunha-chave nas investigações sobre a Rússia por conta de seus laços com Moscou.
Ele foi demitido do cargo na Casa Branca em fevereiro, após menos de um mês na função, por não divulgar o conteúdo de conversas com Sergei Kislyak, embaixador russo nos EUA, e enganar o vice-presidente Mike Pence sobre as conversas.
Na terça-feira, o ex-diretor da CIA John Brennan afirmou ao painel de inteligência da Câmara que havia notado contato suficiente entre associados de Trump e a Rússia durante a campanha de 2016 para justificar uma investigação pelo FBI.
A confirmação de Brennan sobre contatos entre autoridades russas e membros da equipe de Trump aumentou a pressão sobre investigadores para determinarem se a campanha de Trump conspirou com os russos.