Por Joseph Ax e Trevor Hunnicutt
SELMA, EUA (Reuters) - Joe Biden, recém-saído de sua primeira vitória na corrida presidencial dos Estados Unidos em 2020, trocou farpas com o candidato Bernie Sanders neste domingo antes da Super Terça, que poderá remodelar a campanha para escolher o candidato do partido a desafiar o presidente republicano Donald Trump.
O forte apoio dos eleitores afro-americanos levou Biden a uma vitória retumbante no sábado, no concurso de indicação da Carolina do Sul, levando o ex-vice-presidente a se afirmar como uma alternativa moderada viável ao senador Sanders, que se descreve como socialista.
A crescente campanha de Sanders e os apelos por uma revolução política abalaram um establishment do Partido Democrata, preocupado com o fato de ele estar muito à esquerda para vencer Trump nas eleições de 3 de novembro nos EUA. O desempenho forte de Sanders nas três primeiras competições em Iowa, New Hampshire e Nevada o levou ao status de primeiro colocado.
Neste domingo, tanto Biden quanto Sanders se retrataram como o único candidato que poderia atrair liberais, moderados e independentes para derrotar Trump.
"Acho que o Partido Democrata está procurando um democrata --não um socialista, nem um ex-republicano, um democrata-- para ser seu candidato e para unir o país de uma maneira que pude fazer toda a minha carreira", disse Biden ao programa "Fox News Sunday".
A referência de Biden a um ex-republicano parece ter sido direcionada ao empresário bilionário Michael Bloomberg, o ex-prefeito de Nova York que pulou os quatro primeiros concursos estaduais, mas cobriu o país com meio bilhão de dólares em publicidade.
Sanders respondeu que ele vota com os democratas há 30 anos no Congresso e disse que sua campanha para pequenos doadores atrai o apoio de membros de todos os partidos, incluindo republicanos.