Por Susan Heavey e Lisa Lambert
WASHINGTON (Reuters) - - Os democratas criticaram nesta terça-feira as regras propostas pelo líder republicano no Senado, Mitch McConnell, para o julgamento do impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizendo que a ausência de testemunhas e a não apresentação de evidências reunidas pelos investigadores são o equivalente a fraudar os procedimentos.
Trump será julgado a partir desta terça-feira sob acusações aprovadas pela Câmara dos Deputados, de maioria democrata, em que o presidente é acusado de abuso de poder e obstrução do Congresso, em um raro caso de uso do mecanismo constitucional para depor um presidente.
Na segunda-feira, o líder da maioria republicana no Senado propôs regras que resultariam em um julgamento potencialmente rápido. Ele apresentou uma resolução que daria aos promotores democratas da Câmara e aos advogados de Trump 48 horas, divididas igualmente, para apresentar seus argumentos por um período máximo de quatro dias.
De acordo com a resolução, advogados de Trump podem agir no início do processo para pedir aos senadores que rejeitem todas as acusações, disse um assessor de liderança republicana --uma proposta que provavelmente ficará aquém do apoio necessário para ser aprovada.
"Esse não é um julgamento justo. Na verdade, não é um julgamento", disseram os sete democratas da Câmara que abrirão o caso contra Trump durante o julgamento no Senado, em comunicado divulgado nesta terça-feira.
O líder democrata do Senado, Chuck Schumer, disse à CNN que os democratas buscariam emendas.
A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, acusou McConnell de optar por "um acobertamento para o presidente, em vez de honrar seu juramento à Constituição".
O julgamento deve começar por volta das 15h (horário de Brasília) e continuar seis dias por semana, de segunda a sábado, até o final de janeiro.
No centro do julgamento de impeachment está o pedido de Trump ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em um telefonema de 25 de julho do ano passado, para investigar o rival político Joe Biden, potencial adversário na eleição de novembro deste ano, e seu filho Hunter.
Os democratas acusam Trump de pressionar um aliado vulnerável a interferir nas eleições dos EUA em detrimento da segurança nacional. A equipe jurídica de Trump diz que não houve pressão e que a acusação dos democratas é baseada em boatos.
(Reportagem de Will Dunham, Richard Cowan, Patricia Zengerle, David Morgan, Jan Wolfe, Susan Cornwell, Susan Heavey, Karen Freifeld e Tim (SA:TIMP3) Ahmann)
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
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