Por Joseph Ax e Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - As iniciativas lideradas pelos democratas para abrir um segundo e histórico pedido de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ganharam força neste final de semana, embora parecesse longe de certo se um número suficiente de republicanos vai apoiar a medida há apenas poucos dias do final de seu mandato.
Membros democratas da Câmara dos Deputados irão introduzir os chamados artigos de impeachment na segunda-feira depois de Trump encorajar seus apoiadores a invadirem o Capitólio norte-americano na quarta-feira, afirmou o deputado Ted Lieu no Twitter.
O democrata californiano, que ajudou a esboçar as acusações, afirmou que os artigos haviam atraído 190 co-patrocinadores até a noite de domingo. Até a tarde de sábado, nenhum republicano havia assinado o pedido, afirmou a porta-voz de Lieu.
"Nós temos vídeos do discurso no qual Trump incita a turba. Temos vídeos da turba atacando violentamente o Capitólio. Não é nada ambíguo", disse Lieu no Twitter no sábado à noite.
Trump inicialmente elogiou seus apoiadores no Capitólio, mas depois condenou a violência no vídeo. A decisão para pedir calma veio após pedidos de importantes assessores, alguns argumentaram que ele poderia ser demovido do cargo ou sofrer ações legais, disseram fontes à Reuters.
O impeachment na Câmara liderada pelos democratas é equivalente a um indiciamento, e provocaria um segundo julgamento - algo sem precedentes na história do país - no Senado, que é controlado pelos republicanos, onde Trump foi absolvido em seu primeiro julgamento por acusações de que teria ameaçado a Segurança Nacional dos EUA.