Rio de Janeiro, 25 ago (EFE).- A taxa de desemprego subiu para 8,3% no segundo trimestre do ano, um aumento de 23,5% em relação ao mesmo período de 2014 e de 5,3% em comparação com os três primeiros meses de 2015, divulgou o IBGE nesta terça-feira.
No período entre abril-junho, o número de pessoas desocupadas chegou aos 8,4 milhões, o pior resultado para um trimestre desde a divulgação da taxa a partir de 2012.
O número de pessoas ocupadas foi de 92,2 milhões, sem variação em relação ao trimestre anterior e com uma mínima diminuição em comparação com 2014, quando havia um cenário de "estabilidade", segundo o IBGE.
A taxa corresponde ao Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínuo (PNAD Contínuo), que leva em conta as recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e inclui dados sobre o desemprego em todas as grandes regiões e os estados do país.
O IBGE elabora o índice a partir de pesquisas domiciliares em 210 mil lares de 3.464 municípios.
O PNAD iniciou em 2012 e desde 2014 aplica a nova metodologia, que substituirá a anterior medição mensal tradicional que o IBGE divulgará paralelamente até este ano, que toma como referência apenas seis regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre).
Segundo a outra estatística, divulgada semana passada, a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,5% em julho, 0,6 pontos percentuais a mais que no mês anterior, encadeando sua sétima alta consecutiva.
O desemprego em julho nas seis regiões metropolitanas de referência foi 2,6 pontos percentuais superior ao registrado em julho do 2014, a maior taxa para o mês desde 2009, quando foi de 8%.
O Brasil vinha reduzindo o índice de desemprego a mínimos históricos apesar da crise internacional, mas o mercado de trabalho começa a perder força devido a desaceleração da economia brasileira, que em 2014 cresceu tímidos 0,1%, e que segundo as projeções oficiais se contrairá 2% em 2015.