Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O técnico Luiz Felipe Scolari fracassou nesta terça-feira na missão imposta por ele mesmo de ser obrigado a conquistar o hexacampeonato mundial em casa e se mostrou incapaz de criar alternativas para a equipe quando perdeu o capitão Thiago Silva e, principalmente, seu maior craque, Neymar.
O técnico arquiteto do pentacampeonato mundial em 2002 contentou-se com a ótima campanha feita pela equipe ao conquistar a Copa das Confederações do ano passado e decidiu não testar alternativas ao time durante o Mundial.
Diante do desfalque de Neymar e do fato de enfrentar na semifinal a Alemanha, que tem talvez o melhor meio-campo do mundo, o técnico preferiu manter a estrutura do time colocando o inexperiente Bernard no lugar de Neymar para não precisar alterar o esquema tático.
Além de Neymar, que era o único escape do time na Copa do Mundo até fraturar uma vértebra contra a Colômbia nas quartas de final, o Brasil não teve o zagueiro Thiago Silva contra a Alemanha, e o capitão também fez falta.
No primeiro gol do jogo, marcado pelo alemão Mueller, a zaga falhou como um todo e o atacante finalizou sozinho para o gol, abrindo caminho para a goleada de 7 x 1.
Felipão também foi um mero espectador à beira do gramado enquanto o time comandado por ele entrava em colapso e sofria quatro gols em apenas seis minutos ainda na etapa inicial, quando foi para o vestiário perdendo de 5 x 0.
Resta ao treinador juntar os cacos da equipe para a decisão do terceiro lugar no sábado em Brasília, disputa que ele mesmo perdeu em 2006, quando dirigia Portugal e foi derrotado pela Alemanha, mesma seleção que humilhou sua equipe no campo do Mineirão.
(Edição de Maria Pia Palermo e Pedro Fonseca)