Por Niklas Pollard e Kate Kelland
ESTOCOLMO/LONDRES (Reuters) - O cosmólogo canadense-americano James Peebles e os cientistas suíços Michel Mayor e Didier Queloz ganharam o Nobel de Física por suas revelações sobre a evolução do universo e a descoberta de planetas orbitando sóis distantes.
Peebles, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, foi premiado com metade do prêmio de 910 mil dólares, enquanto Mayor e Queloz, da Universidade de Genebra e de Cambridge, dividiram a quantia restante.
"Os vencedores do Nobel deste ano pintaram um cenário do nosso universo bem mais estranho e maravilhoso que sequer podíamos ter imaginado", disse Ulf Danielsson, professor e membro do Comitê de Física do Nobel, a repórteres, quando os nomes foram anunciados nesta terça-feira.
A Academia Real das Ciências da Suécia informou que a pesquisa dos cientistas "transformou nossas ideias sobre o cosmos".
Mayor e Queloz disseram que era "simplesmente extraordinário" ser premiado com um Nobel pelo que descreveram como "a descoberta mais empolgante de nossas carreiras".
Peebles agradeceu ao comitê do Nobel, mas aconselhou jovens aspirantes à ciência a não ficarem deslumbrados diante da perspectiva de tais prêmios.
"Os prêmios, bem, eles são encantadores e muito valorizados, mas... vocês devem ingressar na ciência por serem fascinado por ela. É por isso que o fiz", disse o físico, por telefone, após o anúncio.
Usando ferramentas e cálculos teóricos, Peebles pôde interpretar a radiação tracejada desde a infância do universo e, assim, descobrir novos processos físicos, informou a academia.
De acordo com o comitê, Mayor e Queloz anunciaram a primeira descoberta de um planeta fora do sistema solar, o chamado "exoplaneta", dando início a uma revolução na astronomia. Mais de 4 mil exoplanetas foram descobertos na Via Láctea desde então.
Entre os vencedores anteriores do Nobel de Física estão nomes como Albert Einstein, Marie Curie e Niels Bohr.