Por Alexandra Valencia
QUITO (Reuters) - Pelo menos 24 pessoas morreram em um deslizamento de terra na capital do Equador, Quito, e outras 12 estão desaparecidas, disse o prefeito Santiago Guarderas na terça-feira, enquanto equipes de resgate vasculhavam casas e ruas cobertas de lama após a pior inundação em quase duas décadas.
Chuvas torrenciais na noite de segunda-feira causaram um acúmulo de água em um desfiladeiro perto dos bairros populares de La Gasca e La Comuna, jogando lama e pedras sobre as casas e afetando o serviço de eletricidade.
A agência de gestão de desastres do país informou que 48 pessoas ficaram feridas.
"Vimos um imenso rio negro que arrastava tudo, tivemos que escalar os muros para escapar", disse a moradora Alba Cotacachi, que retirou suas duas filhas da casa. "Estamos procurando os desaparecidos."
Imagens obtidas pela Reuters mostraram um homem lutando para se libertar das águas lamacentas que desciam uma rua residencial. Testemunhas da Reuters disseram que o homem foi arrastado enquanto moradores gritavam por socorro.
Outros vídeos mostraram uma torrente carregando árvores, veículos, lixeiras e até postes de eletricidade, enquanto algumas pessoas eram resgatadas por vizinhos.
As autoridades não descartam a possibilidade de novos deslizamentos de terra. O gabinete do prefeito montou abrigos para as famílias afetadas e iniciou a limpeza das ruas da cidade.
O Equador enfrenta fortes chuvas em várias áreas, que causaram transbordamento de rios e afetaram centenas de casas e vias.
As chuvas em Quito na segunda-feira foram equivalentes a 75 litros por metro quadrado, o maior volume em quase duas décadas.