SANAA/ÁDEN (Reuters) - Moradores da capital iemenita, Sanaa, estão estocando alimentos e combustíveis depois que o governo no exílio decidiu desviar navios de ajuda do norte, uma região controlada pelos rebeldes houthis, para áreas aliadas mais ao sul do país.
Fontes no governo do Iêmen confirmaram a decisão, embora não tenha havido nenhum anúncio oficial, e o ministro da Informação exilado disse na terça-feira que voos comerciais serão desviados da capital para a cidade portuária de Áden, no sul.
As decisões ocorrem no momento em que combatentes do sul, apoiados por armas e ataques aéreos de Estados do Golfo, fizeram rápidos ganhos em campos de batalha contra os houthis, apoiados pelo Irã.
Uma aliança liderada pela Arábia Saudita tem bombardeado o grupo dominante do Iêmen desde março em apoio à liderança exilada do país, que agora pretende restabelecer sua base em Áden.
"Os postos de gasolina fecharam, e há temores de que a coalizão vai impor um cerco a Sanaa e às cidades do norte. Estamos com medo", disse Ali Saleh, que estava à procura de maneiras para abastecer seu táxi.
"Todo mundo tem medo da possibilidade de que a luta vai começar em Sanaa, e pedimos a Deus para nos proteger", disse ele.
Moradores da capital se esforçavam para estocar comida, procurando alimentos em lojas. O preço no mercado negro de 20 litros de gasolina saltou para 60 dólares nos últimos dias, em comparação a um preço oficial de 15 dólares.
(Reportagem de Mohammed Ghobari e Mohammed Mukhashaf)