Por John Ruwitch e Jessie Pang
HONG KONG (Reuters) - Dezenas de milhares de manifestantes pró-democracia majoritariamente jovens de Hong Kong se reuniram nesta segunda-feira no primeiro protesto legal desde a adoção das leis de emergência da era colonial e pediram ajuda dos Estados Unidos.
Eles gritaram "Lute pela Liberdade, Lute por Hong Kong" ao se reunirem pacificamente perto de edifícios do governo central no distrito do Almirantado da cidade sob controle chinês depois de a polícia dizer que protestos violentos chegaram a um "nível em que ameaçam vidas".
Uma bomba pequena explodiu e um policial foi esfaqueado na noite de domingo, os episódios de violência mais recentes em quatro meses de distúrbios aos quais a polícia vem reagindo a coquetéis molotov e pedras com gás lacrimogêneo, balas de borracha, canhões de água e às vezes munição letal.
As leis de emergência adotadas em 5 de outubro, que proíbem máscaras e prevêem uma pena máxima de um ano de prisão, desencadearam alguns dos piores episódios de violência desde o início dos tumultos.
Na noite local desta segunda-feira, muitos manifestantes usaram máscaras, desafiando a proibição.
Pessoas discursaram fazendo um apelo os EUA para aprovarem uma lei de direitos humanos para Hong Kong para garantir a democracia na ex-colônia britânica, que voltou ao controle da China em 1997.
"Torne Hong Kong Grande Novamente", dizia um pôster. Alguns manifestantes acenaram com a bandeira norte-americana e portaram pôsteres de recrutamento do "Tio Sam" com os dizeres "Lute pela Liberdade, Fique ao lado de Hong Kong".
(Reportagem adicional de Anne Marie Roantree e Donny Kwok in Hong Kong)