Por Susan Taylor
TORONTO (Reuters) - No misterioso mundo da mineração de diamantes, algumas pedras parecem ser muito grandes para serem vendidas.
A Lucara Diamond Corp, do Canadá, terá que cortar seu diamante bruto do tamanho de uma bola de tênis para encontrar um comprador, dizem pessoas da indústria, após um fracassado leilão da Sotheby's para a maior pedra bruta do mundo no verão passado no hemisfério norte.
Não é o final que William Lamb queria para sua pedra de 1.109 quilates chamada "Lesedi La Rona", ou "nossa luz", em uma das línguas oficiais de Botsuana, onde foi obtida.
"É apenas a segunda pedra recuperada na história da humanidade com mais de mil quilates. Por que você iria querer polir isso?", disse o presidente-executivo da Lucara.
"A pedra em forma bruta contém um potencial incontável... Assim que você polir em uma solução, todo o resto se foi."
Lamb tinha apostado que os colecionadores ultra-ricos, que compram e vendem obras de arte preciosas por somas recordes em leilões fariam o mesmo com o diamante bruto.
A aposta sem precedentes falhou.
A licitação para a pedra de 2,5 a 3 bilhões de anos ficou parada em 61 milhões de dólares -abaixo da reserva de 70 milhões de dólares.
"Quando é um diamante muito grande? Penso que descobrimos que, quando você ultrapassa mil quilates, é muito grande - certamente do ponto de vista de analisar as pedras com a tecnologia disponível", disse o analista de mineração da Panmure Gordon, Kieron Hodgson.
"No final do dia, se trata de entender o que a pedra pode produzir. E a indústria agora não trabalha com dificuldades tanto quanto costumava fazer 20, 30 anos atrás".
(Reportagem de Susan Taylor)