(Reuters) - Os líderes do G4, formado por Brasil, Alemanha, Japão e Índia, renovaram neste sábado seus apelos por uma reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), especialmente de seu Conselho de Segurança.
Em seu discurso, no encontro entre os líderes dos quatro países realizado em Nova York, a presidente Dilma Rousseff lembrou que na criação da ONU eram 51 os países-membros e o Conselho de Segurança tinha 11 membros. Agora, o número de países-membros aumentou para 193, mas os do conselho para apenas 15.
"A realidade internacional passou por profundas mudanças", disse Dilma. "Por isso, a reforma do Conselho da Segurança da ONU permanece como a principal questão pendente na agenda da ONU... precisamos de um Conselho de Segurança representativo, legítimo e eficaz."
A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, seguiu na mesma linha ao afirmar que é preciso "um novo método para resolver os problemas".
"Isso torna a reforma do Conselho de Segurança necessária, reforma que reflita o poder real no mundo melhor do que a situação de hoje."
O Conselho de Segurança tem 15 membros, cinco deles permanentes. Ele tem o poder de impor legalmente sanções ou autorizar ações militares para garantir suas decisões.
Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Estados Unidos, os principais aliados vencedores da Segunda Guerra Mundial, são membros permanentes com direito a veto sobre as decisões do conselho. Os demais 10 países são membros temporários com mandatos de dois anos.
Em comunicado divulgado após o encontro, "os líderes enfatizaram que os países do G4 são candidatos legítimos a membros permanentes em um Conselho expandido e reformado e apoiaram suas respectivas candidaturas".
(Por Alexandre Caverni, em São Paulo)