👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Dilma nega omissão do Brasil em relação à Venezuela

Publicado 25.01.2016, 14:26
© Reuters.  Dilma nega omissão do Brasil em relação à Venezuela

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff defendeu, em entrevista ao jornal equatoriano El Comércio, a atuação do Brasil frente à crise política na Venezuela e negou que o país tenha se omitido durante as ameaças de ruptura democrática no país vizinho.

"Tivemos tudo menos silêncio por parte do Brasil em relação à Venezuela. Acompanhamos com muita atenção os acontecimentos no nosso vizinho do norte, país irmão com o qual mantemos excelentes e sólidas relações. E estamos muito presentes e atuantes, de forma individual ou em conjunto com os demais membros da Unasul (União das Nações Sul-Americanas)", afirmou na entrevista publicada no domingo.

"Pautamos nossa ação pelos princípios básicos de não ingerência e autodeterminação dos povos", acrescentou.

O governo brasileiro foi criticado pela oposição por não ter sido mais firme em relação às ações do governo venezuelano de perseguição a políticos. Nos últimos meses, no entanto, o tom da relação mudou.

O Itamaraty já divulgou pelo menos quatro notas mais duras sobre a atuação do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sendo a primeira delas sobre a prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, ainda em fevereiro. Durante as eleições para a Assembleia Nacional, o assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, levou uma carta a Maduro lembrando os compromissos democráticos do Mercosul e da Unasul.

Na entrevista, Dilma reconheceu que a Venezuela passa por uma crise econômica e política. "Com a instalação da nova Assembleia Nacional venezuelana temos a expectativa de que todos os atores políticos mantenham e aperfeiçoem o diálogo e a boa convivência, que devem ser a marca por excelência das sociedades democráticas", afirmou.

"Não há lugar na América do Sul do século 21 para soluções políticas a margem da institucionalidade e do mais absoluto respeito à democracia e ao Estado de Direito."

CORRUPÇÃO

Dilma voltou a dizer que não há respaldo jurídico para o pedido de abertura de processo de impeachment contra ela, e que a melhor saída quando há "divergência de ideias" é o debate. "Não é aceitável, em uma sociedade democrática e participativa, tirar um presidente apenas por divergência política, sem nenhum respaldo jurídico."

Dilma também se disse "implacável contra a corrupção" desde seu primeiro mandato, e garantiu que em seu governo a Polícia Federal e o Ministério Público têm total autonomia de investigação.

"Não transigirei no combate a qualquer tipo de ação criminosa cometida por qualquer pessoa. O povo brasileiro é honesto e trabalhador e jamais aceitarei que pequenos grupos tentem se beneficiar do dinheiro público em proveito próprio", disse.

A presidente viaja nesta terça-feira para o Equador, onde terá encontro bilateral ainda na terça com o presidente equatoriano, Rafael Correa. No dia seguinte, participa da Cúpula dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

ECONOMIA

Sobre a abatida economia brasileira, Dilma repetiu a necessidade de recuperar a confiança dos investidores e citou os programas de investimento em logística e energia e o Plano Nacional de Exportações como sinais de que o governo não está parado.

"O Brasil está passando por um momento de transição econômica. Estamos fazendo um grande esforço para nos adaptarmos à nova realidade global... Estamos empenhados em recuperar o equilíbrio fiscal, reduzir a inflação e restaurar a confiança dos investidores para que a economia brasileira comece um novo ciclo de crescimento e investimentos", afirmou.

(Por Lisandra Paraguassu)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.